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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Direito autoral ou liberdade cultural?


A pirataria é um dos grandes dilemas que existem, tanto nos júris das causas de direitos autorais como também no nosso cotidiano na simples compra de um CD pirata. Existem muitas opiniões contrapostas quanto a esse tema, no entanto, nenhum dos dois lados é o vilão da estória. É com objetivo de apresentar esses dois lados que o documentário Good Copy Bad Copy como o próprio nome ilustra, nos trás uma leitura dessa realidade abrindo as portas para um debate atual, por intermédio da visão de estruturas como as do mercado cinematográfico nigeriano, a pirataria na Rússia, a indústria fonográfica dos Estados Unidos e o Techno Brega Brasileiro nossa realidade.

Os detentores da Indústria tradicional defendem que a apropriação da propriedade intelectual causa um grande prejuízo para o artista, para as gravadoras e para todo o meio que lhes permeiam, como aos trabalhadores de lojas de discos que perdem seus empregos. Empresas fonográficas lutam nos júris pela defesa dos direitos autorais pregando que a pirataria é um desrespeito ao artista em detrimento de um comércio ilegal.

A nova indústria da música que surge com a evolução da tecnologia de downloads defende a liberdade do “compartilhamento de informações”. Partidos como o sueco Piratpartiet lutam contra leis que inibam o fluxo de cultura da sociedade. A liberdade de avançar na formas de expressões culturais, o que também seria um avanço da sociedade.

Seria difícil propor uma suposta neutralidade neste artigo, por isso como cidadã que convive no dia a dia com essas superestruturas capitalistas de um modelo de negócio sempre em conflito com sua própia criação de desenvolvimento assim como um dos entrevistados Peter Jenner acredito que com esse novo modelo de tecnologia existente é impossível simplesmente retroceder. Uma da falas de Peter Jenner no filme Good Copy Bad Copy reflete bem essa visão “Se você conseguir fechá-las, elas irão para um barco”. A pirataria vilã assim como a mídia prega, não existe, nem será ela a destruidora desse modelo da indústria musical tradicional.

Autora: Andréa Moura Batista - Serviço Social 3° semestre

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