Inscreva-se em icpverao2008
Powered by br.groups.yahoo.com

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Filme da semana - A Vocação do Poder


Vocação do Poder(Brasil, 2005, 110 minutos)
Direção: Eduardo Escorel e José Joffily
Depoimentos: André Luiz Filho, Felipe Santa Cruz, MC Geléia, Márcia Teixeira, Antônio Pedro Figueira Mello, Carlos Caiado

A luta de seis candidatos para conquistar um emprego na câmara municipal. Esta é a idéia de Vocação do Poder, que revela a campanha eleitoral de pessoas que concorreram à vaga de vereador nas eleições de 2004 no Rio de Janeiro. Todo o processo eleitoral — das convenções partidárias, a panfletagem nas ruas, a apuração dos votos até a reação dos eleitos e dos derrotados — é apresentado no documentário. A apuração dos votos também foi registrada.

O material foi transformado num longa-metragem de exatos 110 minutos.O filme nasceu depois que um amigo comum dos diretores sugeriu a eles que trabalhassem com a atuação dos partidos durante as campanhas eleitorais.
Aqui os protagonistas são anônimos e estreantes. Nem mesmo os seus eleitores seriam capazes de reconhecê-los. Para executar o filme, foi feito um questionário on-line para a escolha dos participantes, que deveriam ter diferentes perfis. Dentre o grupo dos seis candidatos, que incluía uma candidata evangélica e um rapper, dois conseguiram ser eleitos. Na tela, o que se vê é o distanciamento entre o eleitor e a pessoa a quem dedicou o voto. No painel montado, percebe-se facilmente que os eleitos não são necessariamente os melhores candidatos.
Vocação do Poder foi apresentado no 1º Festival de Cinema Latino-americano de São Paulo e no Festival “É tudo verdade”, ambos em São Paulo.

Nos dias atuais... O que aconteceu com esses seis candidatos à vereador?

Há três anos atrás, seis candidatos nada parecidos concorriam pela primeira vez ao cargo de vereador do Rio de Janeiro, em Vocação do poder. Do grupo, dois candidatos conseguiram se eleger e hoje exercem seus mandatos.

Pastora Márcia Teixeira
A co-fundadora da Igreja Vida Nova continua usando o seu lema “Uma questão de caráter”, e se reveza entre suas responsabilidades religiosas e o cargo de vereadora. É de sua autoria a lei que proibe o uso de celulares e equipamentos eletrônicos em salas de aula no estado de São Paulo. Página da Pastora Márcia Teixeira

Carlo Caiado
Vereador mais jovem a ser eleito em 2005, Carlo Caiado continua enfatizando em sua página online o apadrinhamento de César Maia e do deputado Eider Dantas, como repetiu exaustivamente durante todo o filme – antigos hábitos são mesmo difíceis de se esquecer. Entre suas realizações como vereador, há vários projetos de lei para reduzir os danos ambientais na cidade do Rio de Janeiro, além de uma proposta para que a etapa brasileira do Campeonato Mundial de corrida aérea seja incluída no calendário oficial de eventos do município. Página do Vereador Carlo Caiado

MC Geléia
O rapper e ativista político do bairro de Anchieta conseguiu notoriedade depois da estréia do documentário. Foi convidado a falar sobre política para estudantes da rede pública do Rio de Janeiro e emplacou o funk Qual é a boa. Durante a exibição do Filme no Festival É tudo verdade, todas as aparições do MC eram interrompidas por aplausos da platéia. Em entrevista à Carta Capital, disse: “Não sei se fui o centro das atenções pelo discurso ou se fiz o papel de bobo da corte”. MC Geléia pretente insistir na carreira política e fundou em seu bairro a ONG Cidadão Funkeiro, que pretende lutar contra desunião dos rappers e atender jovens de comunidades carentes do Rio. Leia na íntegra a entrevista de MC Geléia à Carta Capital

André Luiz Filho
O herdeiro político de Eliana Eliana Ribeiro e de André Luiz continua cursando Direito na PUC-Rio e prossegue com atividades paralelas, como os hobbies descritos em seu fotolog: jiu-jítsu, malhar e correr de carro. Após o final da edição do filme, seu pai, o deputado André Luiz, teve seu mandato cassado após diversas denúncias de corrupção. Fotolog de André Luiz Filho

Felipe Santa Cruz é diretor do Departamento de Apoio à Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ântonio Pedro Figueira de Mello continua como empresário.

Pesquisa: Gabriela Gonçalves Abreu

Nenhum comentário: