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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Vocação do Poder – O que é necessário para ser eleito?

Ao assistir o filme A vocação do Poder, vários conceitos estudados em sala ficam claros como a relação de poder que a política exerce sobre uma considerável parte da sociedade. Dentre essas relações a clara visão de que o Estado reflete o valor do poder político, religioso, econômico, dentre outros. Essas relações são chamadas de Poder Local – relações que se estabelecem entre os grupos e são respeitadas pela sociedade. É difícil definir a palavra poder, pois a mesma é uma expectativa e só existe a partir da hora em que é exercida. Sendo a política o poder de influenciar.
Em minha opinião, o filme ao mostrar pessoas com perfis diferentes, consequentemente nos mostrou que existem várias formas de se fazer campanha política e vários fatores contribuem na realização da mesma. Seis candidatos foram escolhidos e filmados. São eles a pastora Márcia Teixeira, MC Geléia, Antônio Pedro Figueiredo, Felipe Santa Cruz, André Luiz Filho e Carlo Caiado. Dos seis, dois conseguiram se eleger: Márcia Teixeira e Carlo Caiado.
A pastora Márcia Teixeira contava com sua influência religiosa para arrecadar seus votos. Não estou julgando se isso é certo ou errado, mas somente que o fato é que a pastora possuía um grande número de eleitores em função de sua relação com o poder religioso (já discutido em sala), consequentemente seus propósitos deveriam ser comuns com o de seus eleitores.

Carlo Caiado possuía um grande apoio político e devido a esse apadrinhamento (relação de poder político) muitos eleitores dos apoiadores de Carlo Caiado lhe deram um voto de confiança. Carlo era jovem e seu apadrinhamento lhe proporcionou uma impressão de “estabilidade política”.

Antônio Pedro Figueiredo fez sua candidatura baseada somente em panfletagem, no “boca-a-boca” e sem patrocínio, sendo assim, mesmo suas propostas sendo boas, poucas pessoas tiveram acesso a elas e seus votos não foram significativos.

Felipe Santa Cruz era um candidato mais voltado para debater suas idéias, durante o filme ele mesmo critica o fato de quase não haver debates políticos entre os candidatos diz que quando há debates somente uma parcela mínima da população comparece.

André Luiz Filho, filho de Eliana Ribeiro e André Luiz, como já fazia parte de uma família em que as pessoas seguem carreira política se candidatou com o apoio dos pais. Em sua campanha sempre estava acompanhado de seu pai ou de sua mãe. Deu ajuda à seus eleitores, como cadeiras de rodas (como mostrado no filme) e até possuiu um número considerado de votos, mas não foi o suficiente. Ao contrario de Felipe Santa Cruz, André mal apresentava suas propostas, mas sempre estava nas ruas fazendo campanha. Será que suas “doações” eram feitas com dinheiro público?! Ou seja, com o nosso dinheiro?!

MC Geléia era um candidato carismático e populista, visava defender sua comunidade e por ter nascido em meio à pessoas de classe baixa achava que entrando na vida política saberia defender as necessidades de seu povo. Não possuía apadrinhamento e sua campanha foi baseada somente na panfletagem e no “boca-a-boca”. Não conseguiu ser eleito, mas tinha carisma, uma forte arma política que tem o poder de conquistar as pessoas. Se Geléia fosse apadrinhado e suas propostas fossem mais bem elaboradas ele não teria chance de se eleger?! Pois um populista muito conhecido por nós e muito carismático, a partir do momento em que foi bem apadrinhado e seu discurso político passou a ser acompanhado conseguiu virar presidente. Sim gente! Estou me referindo ao Lula! E após tantas indagações eu diria que a Democracia é uma ilusão!
Autora: Nara Mendes - 5º semestre de Ciências Contábeis

Um comentário:

Anônimo disse...

Não concordo com a forma perjorativa com que a Nara utilizou o termo populista para designar o Mc Geléia. A idéia geral é a de que o líder populista procura estabelecer um vínculo emocional (e não racional) com o "povo" para ser eleito e governar. Isto implica num sistema de políticas, ou métodos utilizados para o aliciamento das classes sociais de menor poder aquisitivo além da classe média urbana, entre outros, procurando a simpatia daqueles desarraigados para angariar votos e prestígio - resumindo, legitimidade - para si. Porque taxar este ou aquele político de populista? Por que eles estão mais próximos do povo e por isso se "contaminam" com a ignorãncia popular? Se formos nos ater ao sistema, o populismo poderia ser considerado um mecanismo mais representativo desta forma de governo que nada tem de democrático.