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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Vocação do Poder

Este breve ensaio pretende relacionar as idéias de vocação com a estrutura do poder. O que entendemos como poder aqui é especificamente na área institucional, a legitimidade do voto. O processo eleitoral ao cargo de vereador na cidade do Rio de Janeiro em janeiro de 2004. E nossa reflexão aqui é tratar sobre as estratégias que levaram à Câmara de Vereadores os dois candidatos, Carlo Caiado e Márcia Teixeira. E essas estratégias são: a influência da instituição religiosa e o poder que a dirigente, a pastora Márcia Teixeira exercia sobre os fieis. E o papel do apadrinhamento político do qual o candidato Carlo Caiado se beneficiava.

Vocação significa: escolha, chamamento, qualidade, e a predestinação do indivíduo para desempenhar suas funções. Segundo João Ubaldo Ribeiro a concepção de vocação é: “de certa forma, pouca coisa pode haver de mais nobre do que a dedicação à coletividade”. Entretanto é importantíssimo nos perguntarmos se os candidatos que foram eleitos possuíam essas capacidades vocacionais. As respostas à essas perguntas, só o tempo nos dirá.

O nosso empenho é analisar a instituição religiosa cuja Márcia é pastora, aquela que direciona os fiéis à coletividade. No somatório total dos votos, rendeu-lhe mais de 10.000 votos. Se não existia um plano de governo bem definido e defendido pela candidata a Câmara, havia o apelo a Deus. A divindade iria orientá-la em suas decisões e em seus projetos. O apelo à santidade nas resoluções das questões humanas. O questionamento é: a instituição a elegeu, as massas, essa multidão de pessoas, legitimaram-na como sua representante. Como mencionamos anteriormente, a estratégia aliada à instituição religiosa funcionou: o poder dos fieis.

O apadrinhamento político consiste em que o candidato Carlo Caiado tinha o apoio do prefeito da cidade e de outras personalidades. Uma instituição também muito poderosa estava o apoiando em todos os sentidos, sendo esta a família. O prefeito sabe como funciona a máquina administrativa, ele tem que ter seus aliados na Câmara. De que outra forma seus projetos vão ser aprovados? O candidato Carlo Caiado, do PFL, cursava administração, era de família de classe média e gozava de certo “status”, para não qualifica-lo como elitizado. O poder do prefeito influenciou uma massa de pessoas e lhe conferiram mais de 23.000 votos. A estratégia do apadrinhamento funcionou.

Os candidatos que foram eleitos, que eles possam pensar em uma pedagogia social interessada em educar, civilizar, humanizar e, nesta perspectiva, conduzir a coletividade para a redução das desigualdades sociais.
Autor: Sebastião Gomes – Estudante de História 2º semestre

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