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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Interesse pelo poder

Observando as últimas eleições, com base nas aulas da primeira semana e no documentário “Vocação do Poder”, um questionamento me surgiu, e espero que seja tão pertinente para os leitores quanto pareceu ser para mim.

As relações de poder no Brasil, desde sempre, foram baseadas em situações de apadrinhamento político, ou até mesmo, em situações quase hereditárias. Apesar de já termos passado por dois imperadores, República da Espada, República do café-com-leite, Estado Novo de Vargas, Ditadura Militar, e outras relações menos importantes (ou menos conhecidas) de poder, o Brasil e povo brasileiro suporta certas coisas que não mudam.

Toda essa acomodação em relação à política me levou a questionar se o povo brasileiro tem vontade, ou até mesmo curiosidade, de escolher um bom candidato para assumir um posto político.

No documentário visto, ficou claro para mim o despreparo de alguns candidatos quanto às suas propostas para o cargo, veja bem que não estou dizendo que para se assumir um cargo político é necessário um curso superior ou algo do gênero, quero apenas mostrar que não havia se quer (da maioria dos candidatos, repito) conhecimento de seus limites como vereador.

Não excluo que existem pessoas no Brasil que procuram saber qual candidato é mais preparado para assumir determinado cargo, mas quero falar da grande parte da população que não tem (ou não procura ter) outro meio de conseguir informações que não seja a televisão. Essa grande massa de telespectadores se deixa levar pela aparência do candidato, ou pela dimensão de suas propostas, sem ao menos querer saber se ao assumir o cargo o candidato poderá cumprir as promessas feitas.

A alienação que é forçada ás pessoas só favorece os “maus” políticos, pois continua deixando margem a promessas que não podem ser cumpridas e a falta de debates políticos. E ainda, quando os debates acontecem, ou pelo menos são propostos, não há nenhuma participação popular e, no meu ver, o povo deveria ser o maior interessado no assunto debatido.

Quero reforçar que ao mencionar “alienação forçada” quero mostrar que também não há (e nunca houve) interesse das grandes forças que controlam o Estado dar ao povo conhecimento suficiente para analisar um bom candidato, pois assim fica bem simples convencer a população a eleger aquele que mais favorece aos interesses dos mais “poderosos”.

Quero destacar apenas um aspecto que acho pertinente a meu artigo: nas situações que exponho espero que o leitor guarde as proporções das relações sociais e a separação pertinente à parte da população que tem acesso à informação de qualidade.
Autora: Stefanie Rodrigues de Castro Cavalcante - Estudante de História, 2º semestre

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