A série documental A Guerra, concebida e realizada pelo jornalista Joaquim Furtado, recupera imagens de arquivo da Rede de TV Portuguesa - RTP, muitas delas inéditas, e exibe depoimentos de militares portugueses, colonos e combatentes dos movimentos de libertação das colónias portuguesas.
O documentário, de nove epísódios, foi exibido na RTP e causou incômodo nos militares portugueses que lutaram em defesa do imperialismo português.
O documentário, de nove epísódios, foi exibido na RTP e causou incômodo nos militares portugueses que lutaram em defesa do imperialismo português.
Ele percorre de forma cronológica 13 anos de conflitos nas antigas colónias portuguesas. O trabalho resulta de uma «pesquisa bastante aprofundada com recurso a muitas fontes para dar uma visão global dos acontecimentos», explicou Joaquim Furtado.
«Traz novas informações, novas visões sobre algumas verdades oficiais», disse, apontando como exemplos os acontecimentos logo no início da guerra em Angola, e o episódio que ficou conhecido como o Massacre de Mueda, em Moçambique, onde morreram centenas de pessoas.
Ao longo de oito anos, viu mais de seis mil filmes, oriundos, nomeadamente, dos arquivos da RTP, dos serviços de audiovisuais do Exército, muitos arquivos particulares e realizou cerca de 200 entrevistas a protagonistas dos vários lados do conflito.
Ao longo de oito anos, viu mais de seis mil filmes, oriundos, nomeadamente, dos arquivos da RTP, dos serviços de audiovisuais do Exército, muitos arquivos particulares e realizou cerca de 200 entrevistas a protagonistas dos vários lados do conflito.
O primeiro episódio centra-se sobre o início da guerra em Angola, nos massacres da UPA a fazendeiros e bailundos no norte do país. Dá a palavra aos protagonistas - dos que mataram aos que “fugiram da morte”, mais de dez mil, até aos sobreviventes e aos militares que partiram para a desgraça sem nada conhecerem do que iam encontrar.
O documentário é como um caleidoscópio, onde as diferentes visões fractais se combinam em imagens inéditas, revelações e narrativas fortes.
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