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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Artigo sobre o documentário Sicko

Fazendo uma analogia ao trabalho de Marx e Engels é visível a distinção entre duas “classes antagônicas”: a dos portadores de um seguro de saúde, e os que não são portadores de um seguro de saúde por não possuírem capital financeiro ou por terem sidos rejeitados por seu seguradores, por terem doenças preexistentes que os empeçam de terem seu seguros que possam atendê-los em suas necessidades médicas.
O grande dilema do documentário é a comercialização dos serviços de saúde que ao invés de servir para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos norte-americanos, só serve para maximizar os lucros das empresas que fazem a prestação dos serviços médicos. Mas se “pelo pacto social damos existência e vida ao corpo político; e com a legislação, lhe damos movimento e vontade” (Rousseau; 1762:74) como esse corpo pode permitir que os seus cidadãos morram por obter um problema de saúde e não ter um seguro de saúde para assisti-los? Se neste “pacto social” alguns membros passam por problemas não deveria este corpo “sofrer” e sendo assim as partes que estão fragilizadas por um membro adoentado desse corpo não deveria buscar um tratamento para recuperar o bom funcionamento do corpo social?
Em um Contrato Social os indivíduos dão a sua liberdade para constituir o Estado e esperem que este promova a vontade da maioria e assim formando a nossa chamada democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade") esperamos que este sane os problemas da população. Mosca nos mostra que o que acontece na realidade é o inverso, "pois a fonte do poder não se reside na soberania popular mas sim em uma pessoa ou grupo social (aristocracia ou oligarquia)" e é esta minoria que controla a maioria. Neste caso, o documentário Sicko nos mostra que na França é ao contrário de sua teoria, pois o Estado teme as manifestações populares, pois tem “medo” de que a população saia nas ruas a protesto usando da coerção contra o Estado para atingir os seus objetivos, temem que a população pegue em armas assim como na Revolução Francesa. E é este temor estatal que contradiz o pensamento de Mosca, pois, o Sistema de Segurança Social e o Sistema de Saúde Publica da França são exemplos de uma pessoa com vida feliz e produtiva.
Já o “poder o econômico é aquele que se vale das posses de certos bens necessários ou percebidos como tais numa situação de escassez, para induzir os que não têm, possuem a adotar certa conduta” (Pio, Carlos e Porto, Moura) é o que se vivencia E.U. A onde o sistema de saúde e simplesmente uma forma de gerar mais lucro para o País, e não se preocupando com o que acontece com as pessoas que não tem um seguro ode saúde. A proposta de se inserir um sistema social de saúde foi anulada com a alegação do Dr. Edward Annir presidente da Sociedade Medica Americana (AMA) que dizia que se “um doutor se importar com essa atitude do governo ele comutará a se intrometer nos hospitais, definindo os serviços, padrões estabelecendo comitês pedindo relatórios, decidindo quem sai e quem fica e depois de tudo isso o governo cuidara de todos com igualdade e justiça levando este novo sistema de saúde a todos”, o grande questionamento é feito por D.rª Aleida Guevara filha de Che Guevara que diz que “Cuba é uma ilha pequena e como nós podemos fazer muito pela saúde das pessoas e os EUA não. Pois quanto mais um país produz, quanto mais rico é, pode cuidar melhor de seus habitantes?" Pois Cuba é outro exemplo de um país que possui um sistema de saúde que é modelo mundial, além de atender seus habitantes com qualidade como no Canadá e na Grã-Bretanha. Cuba possui os melhores profissionais no ramo da medicina. E o sonho americano só a “burguesia que detem os meios de produção”( Engels; 1888) pode sonhar sem medo, e no dia que acontecer algo com suas pessoas o seguro de saúde vai “cobri a despesas”.
Nos EUA o que vale é se os cidadãos têm capital financeiro para custear suas despesas médicas, caso contrário serão deixados em um dos abrigos de caridade sem o mínimo para se manterem vivos, pois o Estado não demonstra enterre com estes cidadãos, o exemplo é quando no documentário os voluntários do 11 de setembro que passaram por vários problemas de saúde em função do trabalho prestado no dia do atentado esses “heróis” americanos forma abandonados por seus seguros e foram até a estação Naval dos EUA em Guantanámo, Cuba, pedir os mesmo cuidados médicos e gratuitos que são oferecidos os aos réus da Al Qaeda, mas quando vão a Cuba onde mora Lúcifer receberam cuidados médicos e gratuitos e uma pequena homenagem. Os norte-americanos pagam em media 6.000 dólares por seus cuidados médicos em quanto em Cuba a país e Lúcifer o custo da que sai uma pessoa para o Estado cubano é de 251 dólares.
Segundo Tony Bem, ex-membro do Parlamento britânica, tudo começou com a democracia, pois o que esta democracia fez foi dar voto aos pobres e passou o poder de mercado para o poder da cabine de votos. Quando houve um grande desemprego em massa na década de 1930, durante a guerra, o pensamento foi bem simples “se podemos ter um emprega em massa para matar alemães, porque não podemos ter um empregamento para construir hospitais, escolas, contatar médicos, enfermeiras professores”? Se conseguirmos dinheiro para matar as pessoas conseguirá também arranjar dinheiro para ajudar as pessoas’.
Em suma, nesta Democracia onde a população participa ativamente e o Estado “teme” os cidadãos, pois nestes países “a elite estatal que governa a massa” (Pio e Moura) governam com sabedoria buscando uma sociedade igualitária é como “a família onde a cabeça é a imagem do pai e os filhos são as imagens do povo, nascidos iguais e livres, só a proveito comum alienam sua liberdade. A diferença toda é que a família, o amor que o pai tem pelos filhos paga os cuidados que ele lhes dispensa;e no Estado o júbilo de governar supre o amor que seus povos não dedicam a maioria política” (Rousseau; 1762:24) e não um Estado onde “poder moderno não passa de um comitê que administra os negócios comuns da classe burguesia" (Marx e Engels;1848:10).

Autor: Cleodoberto Shakespeare

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