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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Crítica ao artigo da Francine M. Asobo (baseado no filme Sonho Tcheco) - Sangue, Comida e Diversão no Coliseu

Atualmente, é inegável uma relação de cumplicidade entre a Mídia e os “Atores Políticos” (nossos representantes, os que se apresentam no palco). Além de ser quase impossível se pensar em uma boa campanha política, e não associá-la a um pesado investimento no campo midiático. Mas também, é de grande relevância destacar que, muitas vezes, para que determinados candidatos possam se eleger é necessário muito mais que propagandas na TV, panfletos e carros de som. E isso ainda é mais visível nos casos de reeleição. Existem outros caminhos - também bastante eficientes – para se alcançar um grande número de votos.
Na Roma Antiga, o crescimento urbano trouxe consigo inúmeros problemas de âmbito social. O trabalho escravo substituiu a mão-de-obra assalariada dos camponeses, gerando assim, grande quantidade de desempregados na Zona Rural. Por sua vez, essa massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de emprego e melhores condições de vida. Temente de que os desempregados instaurassem uma revolução, o imperador criou a chamada “Política do Pão e Circo”, que consistia em proporcionar entretenimento e alimentação aos romanos. Diariamente ocorriam lutas entre gladiadores em estádios – o mais conhecido é o Coliseu – e arenas. E lá mesmo, eram distribuídos os alimentos. Assim, a população desfavorecida esquecia os problemas da vida, e tinha menos chances de organizar uma revolta. Uma espécie de injeção de Morfina nos pobres.
Hoje, percebemos tal estratégia política através dos chamados “Showmícios”: candidatos promovem grandes espetáculos – muitas vezes faraônicos -, contratam artistas famosos, abastecem veículos para a execução de carreatas, distribuem lanches. Muitas vezes, muito barulho para absolutamente nada, ou quase nada: a inauguração de um estacionamento público, de uma praça, de uma pista.
Também não podemos nos esquecer de falar daqueles políticos que conseguem votos, que conseguem se eleger, através da coerção e de outras relações de poder como a compra e troca de votos, as ameaças – um bom exemplo são as demissões -, favores. A política do “Voto de Cabresto”, também conhecido como “Coronelismo”, foi e ainda é bastante usada no Brasil – em especial, em pequenas e afastadas áreas do país.
Com isso, quero dizer que existem inúmeras – e tão eficientes quanto – maneiras de um candidato se eleger, além do uso desmedido dos meios de comunicação. E os “políticos” que fazem uso de tais recursos, não deveriam ser assim chamados, pois não passam de carrascos, tiranos, que se aproveitam da sua posição política e econômica para oprimir, subjugar, e controlar os menos favorecidos. Não passam de um bando de algozes políticos.


Autor: Mikael Neres Pereira, estudante do 3º semestre do curso de História.

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