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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Crítica ao artigo “Sicko – O quanto vale a vida de um Ser Humano?” de Nara Mendes

Assistir ao documentário Sicko, dirigido pelo polêmico cineasta norte-americano Michael Moore é realmente um exercício de compreensão sobre as diversas formas em que se estrutura o governo na garantia de direitos aos seus cidadãos. Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, e Cuba foram os países no qual Moore analisou o funcionamento do Sistema de Saúde.
Inglaterra e França, arrasadas pela Segunda Guerra Mundial, reconstruíram suas economias baseando-se numa grande intervenção do estado na gestão da máquina pública. Dessa forma, foram garantidos diversos direitos aos cidadãos, entre eles a universalização dos serviços de saúde prestados à população. A Revolução Cubana levou ao seu povo um modelo de alta qualidade na saúde pública; o Canadá, por sua vez investiu na década de 70 maciçamente nos serviços de saúde. Por esse motivo esses países estão entre os cinqüenta com os melhores índices de expectativa de vida da população.
O artigo de Nara Mendes, Sicko – O quanto vale a vida de um Ser Humano? revela a indignação que a autora tem sobre como se processa o Sistema de Saúde nos Estados Unidos. Nesse país o governo institucionalizou as seguradoras de planos de saúde ao ponto que a população norte-americana tem acesso a hospitais apenas por meio delas. Ou seja, a saúde nos EUA não é garantia do governa a toda a população, o Sistema de Saúde não é visto como um direito de todos, não é universal. Por causa disso uma máfia foi implantada na gestão dessas companhias para ampliar incessantemente seus lucros em detrimento da qualidade dos serviços prestados aos seus contratados.
A autora do artigo frisou bem os pré-requisitos que as seguradoras de saúde americanas exigem dos seus segurados: “são listadas a faixa etária, peso, sexo e como já não bastasse tudo isso, o indivíduo ainda não pode possuir nenhum tipo de doença, o que soa irônico por se tratar de um plano de saúde”. Nos Estados Unidos um em cada quatro americanos está obeso, e a tendência é que 73% dos adultos nos Estados Unidos eestejam ou com sobrepeso ou sofrendo de obesidade em 2008. Esse distúrbio é um reflexo da ausência de políticas públicas que intervenham no comportamento da população, o governo está fora da esfera da saúde e não se preocupa com o que seu povo consome, pela razão de não arcar com os custos desse sistema.
Nara ainda questiona se no Brasil, onde há semelhanças com os EUA na gestão de saúde, as deficiências do Sistema não convêm ao governo? Esse comportamento do estado seria uma forma de manipular a população, pois indivíduos desmoralizados, sem capacidade para refletir a própria situação e ainda enfermos não seriam capazes de reagir a toda agenda pautada pelo governo e pela mídia.


Autor: Jorge Máximo – Letras-Português 2º semestre

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