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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

MENOS CUIDADO MAIS LUCRO

Por mais assustador que possa parecer o sistema de saúde americano é o mais custoso dos países industrializados e um dos menos eficazes em termos de número de pessoas cobertas por esse serviço. A saúde nesse país não é algo de responsabilidade do Estado. No filme SICKO, Michael Moore, deixa bem claro a pouca preocupação do estado norte americano com a saúde.


O sistema de saúde nos EUA é totalmente particular, quem tem condições de arcar com planos de saúde particulares tem mais chances de não cair nos índices de 18.000 mortes anuais. Uma população de 43.000.000 não tem qualquer cuidado, ou seja, adoecer é praticamente uma sentença de morte.


O filme mostra várias famílias que perderam parentes na porta dos hospitais, crianças, pai de família, filhos, que por não possuírem o seguro saúde não foram atendidos em nenhum hospital. Vale lembrar também a parte do filme que mostra os paramédicos que ajudaram no regaste de corpos das torres gêmeas que sofrem até hoje pelos problemas gerados depois de dias de dedicação, e hoje são totalmente negligenciados e sofrem terríveis problemas, conseguindo tratamento somente em CUBA, o “país proibido”, o país que toda a população norte americana é educada para odiar.


Vale fazer algumas analogias com o algumas teorias políticas, como segundo Marx todos sabem que o capitalismo é um sistema de poder, exploração e dominação. Não interessa se tem gente morrendo, o importante é a máquina do Estado está gerando lucros, pois como a saúde norte americana é a mais cara do mundo, quanto menos gastar com ela, maior lucro pode ser gerado através das seguradoras.


Com isso a gente começa a comprar o EUA com países subdesenvolvidos, a exemplo o Brasil e concluímos que: a diferença é que aqui no Brasil o paciente morre na fila. Nos EUA, como um bom país desenvolvido, não tem fila; mas também não tem rede pública. O doente morre em casa mesmo. E até quem possui plano particular não tem garantia de atendimento, como mostram os tristes exemplos do filme.


Segundo Bordieu os discursos políticos são produzidos conforme as necessidades internas e conforme a necessidade externa do campo político faz lembrar a parte do filme em que a atual senadora Hillary Clinton, na década de 90 o presidente a lança como a primeira dama que criará o sistema universal de saúde, que campanha maravilhosa, pra agradar a quem? A estratégia falhou, e em 2007, Hillary foi a 2ª maior receptora do senado de contribuições da indústria de cuidados de saúde.


Pode se concluir que “os fins justificam os meios”, como já dizia Maquiavel, não importa o como esteja à qualidade de vida, desde que os indicies de lucratividade estejam sempre subindo, que o capital esteja crescendo, e que as pessoas continuem nas suas vidas alienadas.



Autora: Paula Bernardes – Serviço Social – 2º semestre

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