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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Crítica ao artigo Control Room e sua abordagem da mídia, de Natália Rezende Andrade

O artigo Control Room e sua abordagem da mídia, da aluna Natália Rezende Andrade traz considerações muito interessantes a respeito do filme que mostra a manipulação da mídia sobre pessoas e fatos. Ao citar Bourdieu, Natália é certeira. Concordo plenamente com a idéia que ela traz sobre a legitimação das opiniões dominantes “forças que exprimem seus estilos de vida por si próprias e seus instrumentos para tais, dando origem a uma distinção social”(Rezende, 2008).
Além disso como estudado em sala, há filtros impostos pelas redes midiáticas que determinam quem são e como devem se portar aqueles que terão espaço e tempo de exposição na TV ou no rádio. Exemplo do filme são os próprios militares americanos que aparecem nos noticiários das redes ocidentais (Rezende, 2008). Eles são sempre objetivos, experientes, seguros e enfáticos sobre a missão que estão desenvolvendo no Iraque o que dá, sem dúvida, a sensação de legitimidade ao povo americano sobre o motivo da permanência das tropas em um país tão sedento de ajuda.
Entretanto, a TV Al Jazeera ao mostrar os soldados americanos, encontra jovens despreparados, perdidos, que não fazem idéia do porque estão lutando, apenas recebem ordens, para ocupar, matar de forma banal, ignorando a população civil e tratando a todos como terroristas. Na linha de frente, o combate entre população iraquiana e soldados americanos, é quase uma guerra de cegos. A diferença é que a linha de soldados americanos possui munição pesada, com a mira voltada a um povo quase indefeso a tamanha atrocidade.
Outro ponto interessante do artigo citado é quando a autora aborda a neutralidade da mídia. Concordo sim que a neutralidade não existe e acredito que seria mesmo este o melhor caminho se pudéssemos ter direito a uma mídia plural, não hegemônica e empresarial, como existe hoje. A mídia vai ser sempre imparcial, o simples fato de decidir o que falar em determinado espaço de tempo já é deixar de ser neutro.
Mas por outro lado, a autora finaliza seu texto com uma afirmação que me deixou no mínimo confusa. Ao dizer que fica o questionamento a cada um acerca do que pretende ver ou do que lhe é mais conveniente, acredito que não há, na grande e esmagadora maioria das vezes, este tipo de escolha. Exatamente por ser um meio poderoso, a mídia consegue minar este tipo de opção sobre o que se quer ver.

Ou será que seria/será possível ligar a TV e pensar “Quero um programa que me diga a verdade!”, o que pode chegar mais perto de uma respostas para isso, hoje, é algo do tipo “Qual verdade você quer?”.


Autora: Daniela Moura 7º Semestre de Jornalismo

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